Você já percebeu o quanto se fala em mitigar, minimizar ou reduzir erros no meio corporativo? Há uma grande preocupação com as falhas. Porém, uma tendência tem se espalhado no meio empresarial nos últimos anos e usa justamente as falhas como meio de melhorar processos organizacionais.
Esse conceito é conhecido como “cultura do erro”, que aponta que os erros também são importantes para o crescimento das empresas.
Dessa forma, ao invés de valorizar somente o que dá certo e deixar de lado o que deu errado, a ideia é explorar o erro e tirar dele aprendizados e ideias de melhorias.
Que tal saber mais sobre a cultura do erro? Acompanhe!
O que é cultura do erro e por que ela é importante?
A cultura do erro é a capacidade de vermos oportunidades de melhorar ou aprimorar processos a partir de falhas ou erros. Isso implica rever pensamentos, atitudes, estratégias e ações, e tirar disso ideias e inovações.
Essa cultura é importante exatamente por isso, por fornecer elementos que permitem não só a correção do erro, mas também melhorias que podem deixar o processo, projeto ou serviço ainda melhor — e com menos chances de falhas futuras.
Os 3 tipos de erros e as lições que cada um nos traz
É claro que um erro, dependendo da gravidade, pode ser bastante prejudicial à empresa. No entanto, é preciso analisar o tipo, e impactos ou efeitos.
Há, pelo menos, três tipos de erros:
1. Erros evitáveis
Este tipo de erro é geralmente tido como “ruim”. Ele ocorre em processos de rotina e de grande volume, por desatenção ou incapacidade. Apesar disso, é fácil de ser identificado e corrigido.
A prevenção pode ser feita por meio de treinamentos e capacitação dos colaboradores.
2. Erros inevitáveis em situações complexas
Este tipo de erro está ligado à falta de conhecimento em determinada atividade em situações complexas ou imprevisíveis. Dificilmente ele pode ser resolvido sem pequenas falhas, mas isso já é esperado. Esse erro é tido como aprendizado.
3. Erros inteligentes
Este tipo de erro acontece quando não há a possibilidade de se saber uma resposta ou um resultado antecipadamente, sendo preciso arriscar. É um tipo de erro considerado bom.
Ganhou a denominação de “inteligente” por gerar conhecimentos que ajudam as empresas em seus processos organizacionais, em tomadas de decisões, e a ficar um passo à frente da concorrência.
Fail fast: outra forma de aprender com os erros e inovar
A cultura do erro tem o foco no aprendizado de forma geral, independentemente de tempo. Por outro lado, há o fail fast (falhar rápido), conceito que contempla a rapidez na identificação de um problema e sua solução imediata.
Por causa de um mercado em constante transformação e altamente competitivo, empresas adotam o fail fast, learn faster (falhe rápido, aprenda mais rápido). Afinal, aprender com os erros é importante para o crescimento dos negócios. Assim, descobrem os erros e os solucionam para inovar e melhorar cada vez mais os processos.
A cultura do erro induz à cultura de aprendizado?
Primeiramente, é preciso entender o que é a cultura de aprendizado. Também chamada de aprendizagem organizacional, a cultura do aprendizado não é um conceito novo. Ela ganhou notoriedade nos anos 90, a partir da obra premiada de Peter Sange, engenheiro formado pelo MIT e mestre em Modelos de Sistemas Sociais, A Quinta Disciplina.
A cultura do aprendizado é parte da cultura organizacional, que motiva e incentiva o aprendizado contínuo e desenvolvimento dos colaboradores, por meio de treinamentos, cursos etc. Ela promove o desenvolvimento de hard e soft skills baseado, também, nos erros ou falhas nos processos, como uma forma de crescimento do colaborador.
Apesar de todas as mudanças que o mundo passou dos anos 90 pra cá, principalmente tecnológicas, os conceitos de Senge continuam atuais. Gestores seguem adotando as famosas cinco disciplinas:
- domínio pessoal;
- modelos mentais;
- visão compartilhada;
- aprendizagem em equipe;
- pensamento sistêmico.
Com a adoção do conceito da cultura do aprendizado, os gestores visam criar um ambiente de inovação nas empresas. Então, respondendo à pergunta inicial: sim, a cultura do erro leva à cultura do aprendizado. Porque, se analisarmos, é o caminho óbvio. A aprendizagem organizacional é que proporciona o ambiente da correção de erros e de melhorias nas empresas. Mas como fazer isso? Veja a seguir.
Como usar a cultura do erro para melhorar processos e inovar?
Para implementar a cultura do erro em uma empresa, é preciso mudar a mentalidade dos colaboradores e criar um ambiente propício à experimentação e à criatividade.
Algumas maneiras de fazer isso:
1. Lidere de forma exemplar
Os líderes devem dar o exemplo, assumindo seus próprios erros e incentivando a equipe a fazer o mesmo. Eles devem mostrar que a empresa valoriza a experimentação e que os erros são bem-vindos.
2. Facilite a comunicação aberta
Os colaboradores devem se sentir confortáveis para compartilhar suas opiniões e ideias, mesmo que elas não sejam perfeitas. É importante criar um ambiente em que a comunicação seja aberta e honesta, sem medo de julgamentos ou críticas.
3. Reconheça os acertos
É importante reconhecer os acertos e as tentativas de inovação, mesmo que elas não tenham dado certo. Os colaboradores devem ser incentivados a continuar experimentando, mesmo depois de uma falha, e reconhecidos quando acertam.
4. Dê feedbacks construtivos
O feedback é fundamental para o aprendizado e para a melhoria contínua. Os líderes e os colegas devem dar feedback construtivo, mostrando onde a pessoa errou e como ela pode melhorar.
5. Crie um ambiente receptivo ao erro
Para muitas empresas não é fácil mudar o pensamento e cultura, e deixar de punir o erro sem direcionar um olhar ao que o gerou. Nem sempre a falha está nas pessoas, ela pode estar nos processos. Dessa forma, ter um ambiente seguro e controlado, ajuda a desenvolver a cultura do erro, e também a do aprendizado.
A gamificação é uma solução para isso! Com a metodologia, o erro é encarado com mais naturalidade. Basta lembrar como acontece nos games, como quando alguém falha em uma missão e a reação é pensar no que aconteceu para não cometer o mesmo erro outra vez e conseguir realizar a tarefa.
Trazendo para a plataforma de gamificação, onde há a simulação de situações e contextos reais, o erro é logo identificado, pelo feedback instantâneo, uma das vantagens da metodologia. Dessa forma, tão logo é identificada a falha, a pessoa já percebe e consegue corrigi-la, gerando assim o aprendizado e a retenção de conhecimento.
Como a gamificação pode ser relacionada às culturas do erro e do aprendizado?
A gamificação é uma metodologia que promove a inovação, contemplando um dos principais objetivos da cultura do erro e do aprendizado. Ela pode ser utilizada para diminuir falhas e reforçar conhecimentos e habilidades em ações como:
Recrutamento e seleção de talentos
Os erros de contratação causam muita dor de cabeça às empresas, afinal, há muitos recursos envolvidos, como investimento financeiro e de tempo. Ao gamificar esse processo, a empresa aumenta as possibilidades de contratações mais assertivas.
Onboarding
O bom treinamento inicial de um colaborador é um fator que contribui para sua satisfação, e até mesmo para mantê-lo em sua função na empresa. Com a gamificação,é possível metrificar e analisar os resultados, e definir onde o processo precisa ser melhorado.
Treinamentos
Em treinamentos, é possível acompanhar várias métricas e identificar erros que podem ser corrigidos para proporcionar aos colaboradores uma aquisição de conhecimentos cada vez mais eficiente.
Eventos corporativos
A gamificação de eventos tem transformado a forma como empresas promovem ações de vendas e lançamentos, por exemplo. Por mais planejados que sejam, eventos também estão suscetíveis a erros, entretanto, com uma plataforma de gamificação fica mais fácil identificá-los.
Essa identificação ocorre pela metrificação, sobretudo a de assertividade, que gera dados sobre os erros e acertos dos colaboradores ao longo das jornadas. E como em outros casos, o erro dá espaço ao aprendizado, este, por sua vez, é bastante motivado pelas recompensas e prêmios no final das jornadas.
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